Para os amantes de livros que até hoje tem certa dificuldade em lidar com a vanguarda tecnológica.
Há alguns anos entrei em contato com o mundo da encadernação artesanal. Mas minha paixão pelo papel vem da infância. Os papéis que embrulhavam filões de pão eram matéria-prima para desenhos em preto e branco.
O primeiro curso de encadernação começou como um passatempo. Logo depois, tornou-se ofício.
A transformação de pedaços de papel, couro e linhas em objetos únicos é o que me encanta!
sábado, 27 de agosto de 2011
Help Desk - O primeiro da história
Para os amantes de livros que até hoje tem certa dificuldade em lidar com a vanguarda tecnológica.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Miolos para Cadernos
Sempre me perguntam se vendo os miolos que uso em meus cadernos. Pois é... Comecei a comercializá-los na minha lojinha virtual no Tanlup.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Blog Muito Interessante
Há um blog que já há alguns anos acesso. É de um encadernador americano chamado Dennis Yuen e nele encontramos: técnicas de encadernação, cadernos artesanais, indicação de lojas para compra de insumos para encadernação, enfim... um pouco de tudo. O seu trabalho é a mescla do uso de técnicas ancestrais com elementos super modernos. Vale a pena conhecer!
Informando: Cai Lun, chinês, foi o inventor de novas técnicas que transformaram os primeiros papéis em algo parecido com o que usamos hoje.
Até mais!
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domingo, 14 de agosto de 2011
Arte Ebru
Ebru, do persa ebrî - nublado ou como nuvem - é arte que remonta provavelmente o século X, originária do Turquistão. É a representação e exaltação da natureza em todas as suas formas através da água, pigmentos, papel, tecido.
A pintura é feita na superfície da água acrescida de materiais naturais que a deixam viscosa. Sobre ela, pingos de pigmentos, pincéis e varetas criam padrões de mármore e desenhos belíssimos. Um papel ou tecido colocado com delicadeza sobre o desenho revela a impressão da imagem que boia na água. Cada obra é única.
É da Arte Ebru que descende a marmorização de papéis européia.
Muito comum nas ruas de Istambul até hoje.
Link: http://www.ebrusanati.com/
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Breve História da Encadernação
Encadernar significa basicamente ligar folhas, dobradas ou não, em cadernos para prevenir a degradação pelo manuseio. Essa prática artesanal transformou-se em arte.
Sempre foi fundamental para o Homem, desde os primórdios, o testemunho de seu pensamento e de sua história. Criou, então, várias técnicas que eternizariam seu testemunho. Desenhos, hieróglifos e ideogramas foram o veículo inicial de seu espírito.
Durante os séculos, diferentes modos de comunicação foram criados utilizando-se pedra, argila, osso, metal, madeira, tecido.
Os materiais foram se sofisticando mais e mais: papiro, couro, pergaminho e papel.
Às margens do Nilo, onde crescia o papiro, nasce a primeira forma elaborada para manutenção do conhecimento. Os caules dos papiros eram cortados em tiras que eram imersas no rio por alguns dias, gerando o glúten. As tiras eram colocadas, de forma transversal, umas sobre as outras e prensadas. Depois de secas ficavam tão unidas que tornavam-se ótimo material para a escrita. Em seguida eram enroladas e guardadas em recipientes cilíndricos.
Com o passar do tempo, ao invés de enrolar, dobrava-se o papiro em distâncias pré-determinadas em forma de fole.
No início do século I DC surge, também no Egito Antigo (Copta-em grego), o Códice. Podemos dizer que o Códice é a forma inicial de encadernação que mais se assemelharia àquela utilizada hoje. As folhas eram dobradas e reunidas em vários cadernos. Os cadernos eram costurados em cadeia. Os primeiros exemplares não tinham capas. Mas o manuseio fazia com que as primeiras folhas se estragassem com facilidade. Passou-se a prender os cadernos em duas tábuas para protegê-los. Com o tempo, a madeira passou a ser recoberta de couro. O lombo passou a ser recoberto mais tarde para proteger a costura.
Enquanto isso, na Ásia, o material mais utilizado era o pergaminho: os escritos sagrados eram gravados nas peles de animais sacrificados.
Todo esse conhecimento foi passado ao Ocidente. Durante séculos coube aos monges copistas todo o trabalho artesanal de tratamento das peles, escrita e encadernação de livros. Cada vez mais investiu-se na ornamentação das capas.
Por volta do século XIII os livros ficaram menores e passaram a ser mais facilmente transportados. A maioria continha textos religiosos.
Por volta do século XV encontramos ornamentação das capas com arabescos ou imagens pictóricas em relevo seco ou em douração. Tal refinamento das capas aumentaria ainda mais durante os séculos seguintes, chegando a requintes inimagináveis.
Após a Revolução Industrial - século XIX - desenvolveram-se novas técnicas que baratearam o livro, tornando-o mais acessível.
Hoje, todo o processo de produção de livros em série, responsável pela popularização da leitura, convive em harmonia com a produção artesanal e artística.
Fontes: -Branco, Z. C. in Encadernação: História e Técnica
-Michigan State University in A Short History of Bookbinding
<staff.lib.msv.edu/alstrom/presentations/bindinghistory.html>
-Atelier Monastique Au Livre Inachevé <www.aulivreinachevé.com>
Sempre foi fundamental para o Homem, desde os primórdios, o testemunho de seu pensamento e de sua história. Criou, então, várias técnicas que eternizariam seu testemunho. Desenhos, hieróglifos e ideogramas foram o veículo inicial de seu espírito.
Arte Rupestre
Escrita copta em argila
Papiro Copta
Pergaminho
Rolo
Com o passar do tempo, ao invés de enrolar, dobrava-se o papiro em distâncias pré-determinadas em forma de fole.
No início do século I DC surge, também no Egito Antigo (Copta-em grego), o Códice. Podemos dizer que o Códice é a forma inicial de encadernação que mais se assemelharia àquela utilizada hoje. As folhas eram dobradas e reunidas em vários cadernos. Os cadernos eram costurados em cadeia. Os primeiros exemplares não tinham capas. Mas o manuseio fazia com que as primeiras folhas se estragassem com facilidade. Passou-se a prender os cadernos em duas tábuas para protegê-los. Com o tempo, a madeira passou a ser recoberta de couro. O lombo passou a ser recoberto mais tarde para proteger a costura.
Códice Foto: MSU
Todo esse conhecimento foi passado ao Ocidente. Durante séculos coube aos monges copistas todo o trabalho artesanal de tratamento das peles, escrita e encadernação de livros. Cada vez mais investiu-se na ornamentação das capas.
Por volta do século XIII os livros ficaram menores e passaram a ser mais facilmente transportados. A maioria continha textos religiosos.
Em 1447, com o surgimento da imprensa, iniciou-se a automatização da impressão. A encadernação ainda era artesanal, mas saiu dos monastérios e foi para as ruas.
Livro - 1500 Foto: MSU
Livro - 1600 Foto: MSU
Livro - 1800 Foto: MSU
Hoje, todo o processo de produção de livros em série, responsável pela popularização da leitura, convive em harmonia com a produção artesanal e artística.
Fontes: -Branco, Z. C. in Encadernação: História e Técnica
-Michigan State University in A Short History of Bookbinding
<staff.lib.msv.edu/alstrom/presentations/bindinghistory.html>
-Atelier Monastique Au Livre Inachevé <www.aulivreinachevé.com>
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
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